Às vésperas de completar 67 anos — em 29 de junho —, Serginho Groisman está mais energizado do que nunca. Em grande parte isso se deve ao seu primeiro filho, Thomas, de quase dois anos. Mas ele ainda completa 18 anos de Globo com bons índices de audiência do “Altas horas” — que chega a 19 pontos —, e faz planos para tornar o programa cada vez mais próximo do público e da plateia. E aí! Fala, garoto!
— Eu nunca quis ser o protagonista do programa. Divido tudo com a plateia e procuro sempre olhar para a atualidade. O espectador gosta de sentir isso — justifica ele, ao tentar traduzir o sucesso da fórmula, que começou na década de 1990, em outras emissoras: — Mas eu não acho que ajudei a formar gerações. Seria pretensão descabida da minha parte. Acredito que eu contribuí com uma faísca que acendeu na cabeça de algumas pessoas... Provocou reflexões, descobriu coisas.
Apesar de se isentar dessa responsabilidade, o paulista filho de imigrantes judeus analisa com facilidade as diferenças de comportamento e pensamento da garotada que o acompanhou ao longo das quase três décadas de carreira.
— O jovem de hoje tem uma atitude política mais apurada, se preocupa mais com ecologia e acho que está começando a caminhar para a tolerância, apesar de sempre escorregar. Quando não se falava em bullying no Brasil, nós iniciamos uma série no “Altas horas”. O que acho que continua a mesma coisa é a não cultura da leitura, infelizmente. Ler te dá mais recursos — orienta o ex-professor universitário de Jornalismo, horas antes de gravar o programa que vai ao ar hoje, com participação de Simone e Simaria.
A satisfação atual com o programa, que começa às 22h45 todo sábado, em algum momento esbarrou em desagrado.
— Chegamos a começar às 2h e terminar às 04h30. Isso me incomodava. Hoje, sinto que as pessoas descobriram mais a atração por conta do horário — diz ele, para se derreter pela família: — Thomas mudou minha vida e a da Fernanda, minha mulher. Imaginamos ter mais filhos, sim. Só não fico pensando no tempo. Se estou velho ou não. A única coisa que eu quero é curtir essa alegria.
Fonte: Extra
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