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20 de set. de 2016

Piauí vive seca extrema e já registra açude sem água no semiárido

Matéria TV Clube - Seca 2016 (Foto: Reprodução/TV Clube)Dados do estudo Monitor de Secas, coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA),  mostram que praticamente todo o Piauí está em situação de seca extrema. Apenas a região Norte apresenta um quadro de estiagem de nível moderado à grave. Como reflexo desta situação, dois açudes piauienses já estão no volume morto e um já é considerado seco.
O açude de Fátima, localizado no Rio Macacos, município de Picos está com apenas 0,22% de sua capacidade, com 40 mil metros cúbicos do total de 1,8 milhão. “Este açude é de responsabilidade da Prefeitura, mas com esta capacidade podemos dizer que está seco”, reforçou o chefe de Serviço Técnico do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Francisco Ribeiro.
A situação no açude Cajazeiras, na cidade de Pio IX, também é grave. De 24,7 milhões de metros cúbicos, hoje o reservatório está com 110 mil metros cúbicos, o que representa apenas 0,44% da sua capacidade.
Matéria TV Clube - Seca 2016 (Foto: Reprodução/TV Clube)Várias cidades têm atingido níveis críticos de
baixa umidade (Foto: Reprodução/TV Clube)
O outro açude bastante comprometido é o Barreiras, no município de Fronteiras, hoje com 2 milhões de metros cúbicos de uma capacidade total de 52,8 milhões, ou seja 3,79%. Com estes índices, os três reservatórios já estão no volume morto, que é uma reserva de cerca de 20% da capacidade do recurso hídrico.
De acordo com Francisco Ribeiro o volume morto é uma reserva hídrica intocável, que fica abaixo dos canos de captação da agua nas barragens e é de grande importância para manter a fauna aquática, equilíbrio do ecossistema, pois ajuda na diluição de poluentes.
Francisco Ribeiro disse que a situação é provocada pela extrama seca que o Piauí passa no momento. “Este período prolongado sem chuvas nos deixa numa situação realmente delicada. O problema começa a se agravar até na região Norte. O açude Caldeirão em Piripiri, há 32 anos sangrava e em 2016,  isso não aconteceu”, declarou.
Para amenizar a situação o Dnocs com cinco máquinas de perfuração de poços artesianos na região do semiárido piauiense para manter o fornecimento de água nas comunidades mais carentes. “Estas ações fazem parte do programa Água para Todos e Defesa Civil Nacional. Nossa tubulação mede até mil metros e dependendo de cada localidade, abastece até 20 casas”, destacou.

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