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7 de ago. de 2016

Érika levanta torcida, mas perde luta pelo bronze no Judô

28749525781_5e39cfc9b8_o (2)Érika Miranda merecia muito estar em um pódio olímpico. Titular da seleção brasileira desde 2005, a peso-meio-leve (52kg) ganhou três medalhas em Mundial e trilhou um caminho cheio de resultados importantes nos últimos anos. Mas viveu duas grandes frustrações olímpicas: em Pequim 2008 (lesão na Vila Olímpica) e Londres 2012 (eliminação na estreia). Faltava a medalha olímpica, e ela quase veio. Na tarde deste domingo, a brasiliense de 29 anos levantou a torcida brasileira que lotou a Arena Carioca 2, mas acabou derrotada pela japonesa Misato Nakamura, tricampeã mundial, na disputa pelo bronze e ficou com a quinta colocação na Rio 2016. O ouro ficou com Majlinda Kelmendi, que bateu a italiana Odette Giuffrida na decisão e entrou para a história do Kosovo como a ganhadora da primeira medalha do país que virou independente em 2008 e só agora debuta nos Jogos Olímpicos. O outro bronze foi da russa Natalia Kuziutina.
Depois de ser batida pela manhã nas quartas de final, Érikinha voltou com tudo na repescagem e virou para cima da romena Andreea Chitu, com um belo ippon quando faltavam 30 segundos. Na decisão do bronze, no entanto, a raçuda judoca não conseguiu se impor e acabou superada no golden score, por yuko, para Nakamura, que também havia sido bronze em Londres. Foi a oitava derrota em oito lutas contra a asiática.
Outro representante brasileiro neste segundo dia de competição do judô, o meio-leve (66kg) Charles Chibana foi eliminado na estreia pelo japonês tricampeão mundial Masashi Ebinuma. Nesta segunda-feira, a partir das 10h (de Brasília), o Brasil contará com a participação de dois judocas, na disputa do peso-leve (até 57kg para as mulheres e até 73kg para os homens). Quem tem mais chance de pódio é a carioca Rafaela Silva, campeã mundial em 2013, no Rio de Janeiro. Alex Pombo não está entre os favoritos e corre por fora.
No sábado, primeiro dia da disputa do judô na Rio 2016, os dois brasileiros que entraram em ação terminaram chorando bastante. Em busca do bicampeonato olímpico do até 48kg, Sarah Menezes acabou sendo eliminada na repescagem ao sofrer uma chave de braço que lhe gerou uma luxação no cotovelo. O medalhista de bronze em Londres Felipe Kitadai também ficou em sétimo lugar, ao cair na repescagem para Diyorabek Urozboev, do Uzbequistão.
A VITÓRIA NA ESTREIA
Diante da inexpressiva tunisiana Hela Ayari, Érika fez valer a sua grande categoria e a maior experiência. A brasiliense radicada em Belo Horizonte começou travando uma forte disputa pela pegada. Mais forte que a adversária, a brasileira se movimentou bastante, mas, no primeiro minuto, não conseguiu aplicar nenhuma técnica.
A tunisiana sentiu a força de Érika e acabou se dando mal ao tentar fugir de uma entrada de golpe de perna. Muito boa na luta de chão, a titular da seleção brasileira desde 2005 agarrou a adversária no solo e a imobilizou por 20 segundos, conseguindo o ippon e a vaga nas quartas de final da Olimpíada.
Ao sair da área 1 de luta da Arena Carioca, Érika deixou clara a sua enorme concentração. Enquanto, a técnica Rosicleia Campos sorria e acenava para a torcida, que aplaudia bastante, a judoca mantinha um semblante sério e caminhava com muito foco para a área de aquecimento dos atletas.
O REVÉS DAS QUARTAS
O embate pelas quartas de final tinha tudo para ser mais equilibrado. Era uma repetição das quartas do Mundial de 2014, quando Érika levou a melhor sobre a chinesa Ma Yingnan e acabou ficando com o bronze daquela competição em Cheylabinski, na Rússia.
A brasileira começou buscando fazer uma pegada alta na chinesa. Com boa postura, a asiática não facilitava em nada a vida de Érika. E o que se viu nos dois primeiros minutos foi um combate bastante truncado.
Quando faltavam exatos dois minutos, a chinesa levou uma penalização por sair da área de combate e puxar a brasileira para fora. A vantagem era brasileira, e a torcida passou a vaiar a oponente de Érika, que não se apresentava para a luta.
Quando parecia que a vitória seria da brasiliense, com 30 segundos para o fim, Yingnan conseguiu aplicar um bom golpe de quadril e conseguiu um wazari, mandando Érika para a repescagem e indo à semifinal. A brasileira só pode agora brigar pelo bronze.
BELO IPPON NA REPESCAGEM
Érika começou bastante concentrada a luta que podia lhe colocar na disputa de bronze. Ela conhece muito bem a romena Andreea Chitu, atual vice-campeã mundial. A disputa pela pegada era intensa nos primeiros minutos, e nenhuma das duas se arriscava a tentar entrar golpe.
Esperta, a europeia aproveitou um descuido de Érika e conseguiu a projetar com um golpe de perna, marcando um wazari. A tensão tomou conta da Arena Carioca 2. Restava um minuto de combate. A brasileira precisaria ser perfeita para reverter a situação.
Érika é raçuda e não costuma desistir facilmente. Fazendo bastante força e se movimentando bastante, a veterana encaixou um golpe perfeito e levantou o público brasileiro. Ippon e vaga na disputa de bronze. Era só esperar por Nakamura.
A DISPUTA DO BRONZE
Uma forte disputa pela pegada foi a tônica do início da decisão de bronze entre Érika e a japonesa Nakamura. No primeiro minuto de combate, a brasileira foi mais esperta e forçou a punição da tricampeã mundial, que não mostrava qualquer agressividade.
Na frente, Érika tentou fazer o tempo passar. E contou com grande apoio da torcida, que gritava o seu nome e a incentivava muito rumo ao pódio. Em uma disputa no solo, a brasiliense ganhou um bom tempo. Restavam dois minutos, e a vantagem era verde-amarela.
A nipônica conseguiu forçar um shidô de Érika e empatou o combate quando restava 1m20s. A partir daí, o nervosismo tomou conta das duas. Venceria a mais fria. Era uma troca de pegadas intensa. No chão, quase a brasileira encaixa uma chave de perna. A japonesa escapou. O tempo regulamentar de quatro minutos chegou ao fim. A decisão ficou para o golden score. Quem fizesse o primeiro ponto ganharia o bronze.
No desempate, Érika não conseguiu se impor e viu a fera japonesa tomar a iniciativa. Isso foi minando as forças da brasileira, que escapava de punição atrás de punição por falta de combatividade. O tempo foi passando e nada de golpes de ambos os lados. Bastou um descuido de Érikinha para Nakamura encaixar um golpe de perna e jogar Miranda para o solo. Ela caiu de lado. Era yuko para a asiática. Fim de combate.

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