O ato de amamentar sempre foi um momento de intimidade entre mãe e filho, mas tem sido manchado nos últimos tempos por episódios de preconceito e constrangimento das mães que amamentam em público. Para conscientizar as pessoas da naturalidade desse ato, um shopping de Teresina programou uma série de ações como mamaço em público, multirão de doação de leite e foi criada até uma praça de amamentação.
''Este ano em Teresina houve um diferencial, pois foram feitas campanhas através do interesse de uma instituição privada, que abriu as portas para incentivar o aleitamento e mostrar que este é um ato de amor, um ato natural e lindo que a mulher não precisa ter vergonha, nem ser desrespeitada por isso'', disse a fisioterapeuta e consultora em aleitamento materno Kalynny Matos.
Durante uma semana foram realizada ações de importância para a causa, como mamaço em público, um bate papo entre uma pediatra e as mães, exposição de fotos, divulgação de mídias de mães amamentando, multirão de doação de leite materno, apresentação de dança de mães usando Sling. Também foi criada uma praça de amamentação, onde as mães possam sentar e amamentar seus filhos.
O multirão de doação de leite materno foi um dos momentos de maior emoção entre as mães. Fernanda Dias, mãe do Benjamin de cinco meses e doadora de primeira viagem, conta que o maior medo de doar é faltar leite para o próprio filho.
''Eu achava que tinha pouco leite e que não poderia doar. Tinha medo do meu leite não ser suficiente nem para o meu filho. Mas decidi, vou tentar e vou doar o que eu conseguir. Eu pensei, meu filho tá crescendo tanto, ficando forte apenas com o leite materno, então meu leite também pode servir para outros bebês também crescerem fortes'', contou.
Já a mãe da Marina de quatro meses, Karine Sousa, doou cerca de 25 litros de leite em quinze semanas, e conta como a doação virou rotina para ela. ''Para mim é muito tranquilo doar. Eu fui à maternidade e vi muitos bebês precisando tomar leite e as mães não tinham, isso me tocou muito. Tenho muito leite e vi que daria para doar sempre. São quatro frascos por semana. Quanto mais a gente tira, mas a produção de leite aumenta. Observamos nossos filhos saudáveis, gordinhos e tem crianças que precisam, não podemos ter vergonha, temos é que nos colocar no lugar das mães que querem amamentar e não podem'', declarou.
As irmãs Camila e Marcela Rangel, que tiveram filhos com a diferença de três dias e que também são doadoras, apontam que um fator importante para as mães entenderem que a doação é tão importante quanto a amamentação, é o acompanhamento de uma profissional que possa sanar todas as dúvidas e acalmar em um momento tão novo.
''O aleitamento fortalece os vínculos com o seu bebê e a doação é uma consequência. Em um momento de tantas novidades e inseguranças precisamos uma profissional como a Kalynny que nos ajude a não desistir, que nos dê confiança. É muito importante'', concluiu.
''O aleitamento fortalece os vínculos com o seu bebê e a doação é uma consequência. Em um momento de tantas novidades e inseguranças precisamos uma profissional como a Kalynny que nos ajude a não desistir, que nos dê confiança. É muito importante'', concluiu.
Kalynny acrescenta que qualquer mãe que sinta o desejo de expandir o seu amor em forma de doação de leite materno, pode entrar em contato com o Banco de Leite Materno da Maternidade Dona Evangelina Rosa, que uma equipe irá até a doadora. ''Quem quiser doar basta ligar que iremos até a mamãe para orienta-lá a respeito da retirada do leite e da importância da iniciativa, para que elas possam doar'', acrescentou.
Olá, sou o Leandro Santos! Conheça mais sobre nosso projeto aqui.
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